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Diabetes e o tratamento odontológico


Diabetes diante do tratamento odontológico.

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Se você é diabético com certeza você deve saber o que é e quais são as características e complicações dessa doença que infelizmente acomete grande parte da população mundial nos dias de hoje.

Mas, muitas pessoas ainda não têm essa informação e desconhecem muitas de suas complicações e principalmente qual a relação que existe entre a Diabetes e a odontologia, em particular com a doença periodontal.

A Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pelo aumento da quantidade de glicose circulante no sangue. E pode ser de dois tipos:

O tipo I; é aquele que normalmente se desenvolve nos primeiros 25 anos de vida, esse tipo é caracterizado pela ausência total ou parcial da insulina, as células do pâncreas deixam de secretar esse hormônio ou secreta muito pouco, numa quantidade insuficiente para metabolizar a glicose. Isso faz do portador da doença um dependente da administração diária da insulina.

O Tipo II; é aquele adquirido com o passar dos anos e é caracterizado pela resistência das células a ação da insulina. E como age a insulina? Depois de fabricada pelo pâncreas ela entra na corrente sanguínea, vai até a membrana da célula e facilita a entrada da molécula de glicose no interior da célula e aí a célula vai utilizar a glicose para fabricar a energia que o nosso corpo precisa para se manter em atividade.

O Diabetes é uma doença que deve ser controlada a qualquer custo, as conseqüências que ele traz são devastadoras, pode levar o indivíduo a diversos problemas: Doenças renais, problemas de visão com risco de cegueira, problemas circulatórios, o diabetes diminui a capacidade imunológica e de cicatrização dos tecidos, tanto nos tecidos moles como nos ossos, uma doença chamada aterosclerose, que nada mais é do que a formação de placas de gorduras no interior dos vasos sanguíneos, tanto nas veias e artérias do cérebro e do coração, como também na circulação periférica, podendo causar trombose, o que é muito comum no diabético.

No entanto, eu quero elucidar aqui algumas manifestações da doença nos tecidos bucais e quais os cuidados necessários para a diminuição de suas conseqüências.

Dentre os problemas bucais dos pacientes com diabetes estão: a síndrome da ardência bucal, alteração no paladar, halitose que é caracterizada por um hálito muito forte, cetônico, aumento da acidez bucal e diminuição do fluxo de saliva, conhecido como xerostomia, essas duas últimas condições são facilitadoras para formação de cárie e doença periodontal.

A doença periodontal é a complicação oral mais freqüente nos diabéticos. A Freqüência da doença pode chegar a ser três vezes maior nesses pacientes do que num paciente não diabético.

A doença periodontal se inicia pelo acúmulo de placas bacterianas que é a primeira etapa para o desenvolvimento da doença, que é seguida e caracterizada por gengivas avolumadas de cor vermelho brilhante, de fácil sangramento e se não tratada pode evoluir para formas mais severas com formação de abscessos, reabsorção do osso alveolar e conseqüente mobilidade e perda do elemento dental. Alem disso, a relação entre as duas doenças tem sido considerada como um problema de mão dupla, ou seja, a diabetes favorece o desenvolvimento da doença periodontal e a doença periodontal por sua vez, em função da liberação de algumas substâncias químicas pró-inflamatórias, aumenta a resistência à insulina, aumentando assim os níveis de glicose no sangue e aí vira um circulo vicioso.

Outro fato incontestável como conseqüência da diabetes não controlada, é a diminuição no processo de cicatrização dos tecidos, como eu já falei inclusive, uma deficiência na reparação do osso, na cicatrização óssea. E porque essa preocupação? Porque qualquer tratamento que envolva manipulação do osso alveolar é preciso que se tenha uma boa cicatrização. Por exemplo: O paciente precisa fazer uma extração, inclusive pode ter sido provocada por uma doença periodontal, a cicatrização tanto do osso como da gengiva pode ser muito prejudicada. Outra situação é a necessidade da colocação de implantes dentários, é preciso que se tenha uma excelente condição de saúde para uma boa formação de osso em volta do implante, o que chamamos de osseointegração.

Quanto aos cuidados em primeiro lugar o principal é que se inicie com o próprio diabético: E quais são os cuidados essenciais:

- Primeiro: É fundamental uma alimentação pobre em açucares e carboidratos, eu diria até uma dieta com praticamente zero de carboidratos, principalmente naqueles casos de diabetes tipo II, que é caracterizado pela resistência insulínica;

- A higiene bucal, essa deve ser muito eficiente por meio de escovação e com uso frequente de fio ou fita dental precedido de bochechos com enxaguantes bucais.

- Prática freqüente de exercícios físicos e o uso adequado das medicações eventualmente prescritas pelo médico assistente são fundamentais para o controle da glicemia.

- Quanto aos cuidados em relação ao tratamento odontológico propriamente dito é muito tranqüilo, desde que o paciente esteja com os níveis glicêmicos controlados. Estando compensado ele pode ser tratado como se nem tivesse diabetes, porém é importante que o cirurgião dentista esteja atento quanto aos sinais de hiperglicemias: Normalmente o tratamento odontológico aumenta os níveis de stress e ansiedade, nesses casos ocorre a liberação de substâncias adrenérgicas que ajudam a aumentar o nível de glicose no sangue e aí o paciente pode fazer hiperglicemia.

Os anestésicos podem ser usados sem problemas, mesmo aqueles com vasoconstritor, assim como os antibióticos e anti-inflamatórios. Veja que estamos falando de pacientes compensados. já os descompensados devem ser tratados de forma paliativa e em casos de emergências, pelo menos até que regularizem os níveis de glicose. Nesse caso é preciso alguns cuidados com a administração de medicações e os tipos de anestésicos, visto que anestésicos com vasoconstrictores derivados da adrenalina podem elevar ainda mais a glicemia.

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