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Saúde do homem: urinar muito pode indicar aumento da próstata


Doença pode atingir 25% dos homens a partir dos 60 anos de idade, mas não representa risco para o surgimento do câncer de próstata

Os homens que costumam urinar muitas vezes ao longo do dia podem sofrer de hiperplasia prostática benigna (HPB), mais conhecida como aumento benigno da próstata. A doença pode atingir 25% dos homens a partir dos 60 anos.

A próstata aumentada ocorre principalmente em razão da idade, com o envelhecimento do homem. Quando essa glândula cresce, a uretra sofre uma pressão e o paciente passa a ter dificuldades para urinar. O HPB não é câncer e o aumento não representa risco para o surgimento do câncer de próstata.

De acordo com o urologista Joaquim Claro do Hospital das Clínicas de São Paulo, além de alterar a frequência para urinar, os pacientes com HPB apresentam sintomas como jato fraco e fino, esvaziamento incompleto da bexiga e incapacidade para controlar a vontade de fazer xixi. Infecções com sangue na urina também são comuns para quem tem a próstata aumentada.

O especialista orienta que os homens procurem um urologista assim que sentirem alterações no jato ou na frequência para urinar. “Na consulta é realizado exame físico com questionário que vai classificar a gravidade de cada caso, com solicitação de exames complementares para diagnóstico e na sequência seguirmos com tratamento”, reforça.

Câncer de próstata

A realização dos exames rotineiros é indispensável, pois os cânceres de próstata costumam ter uma evolução silenciosa nos estágios iniciais. Somente em fases mais avançadas os sintomas ligados a esse tipo de tumor começam a aparecer, sendo eles: aumento da frequência das micções, dificuldade para urinar, sangramento na urina ou até mesmo insuficiência renal, em casos mais pontuais.

“O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite tratamentos menos agressivos e com altos índices de sucesso. Por isso, a indicação dos especialistas é que, a partir dos 50 anos, a realização de exames de rotina vire um compromisso para toda a população masculina”, explica o médico William Nahas, urologista responsável pelo Setor de Cirurgia da Unidade de Transplante Renal do Hospital das Clínicas da USP.

Além da presença nos consultórios e observação de possíveis sintomas, alguns fatores de risco não devem ser ignorados. Homens que possuem histórico de câncer de próstata em familiares de primeiro grau (pai e irmãos), bem como aqueles que são de etnia negra devem redobrar os cuidados, por apresentarem maior propensão em desenvolver a doença de forma mais agressiva.

“Na maioria das consultas, o paciente só comparece ao hospital por insistência da família. Quando falamos de câncer de próstata, o preconceito com os exames de prevenção já diminuíram, mas ainda está longe do ideal. E a família pode ajudar nesse processo”, explica o médico Claudio Murta, urologista do Instituto do Câncer de São Paulo.


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